Tenho uma amiga que é bastante inocente em relação ao sexo. Talvez por isso, demorei mais tempo para lhe contar que era gay. No entanto, há uns tempos atrás numa festa decidi contar-lhe. Tal como todos os meus amigos héteros, reagiu bem Contudo, devido ao álcool que já me circulava no sangue e com as piadas do resto do grupo, comecei a contar-lhe algumas experiências sexuais. Não sei se foi do choque ou das caipirinhas que ela já tinha bebido, mas passado 5 minutos estava a vomitar. A noite, para ela acabou ali.
Esta
situação fez-me pensar que já me passaram muitos homens pelas mãos. Porém, qual
será o número certo? Qual é o número “normal” de homens que se deve ter ao
longo de uma vida? Durante uma conversa com os meus amigos gays contei-lhe que
tinha ultrapassado os 3 algarismos (isso não significa que tive relações com
todos, mas sim que me “passaram pela mão”), eles gozaram comigo. Acharam a
minha “preocupação” parva, pois todos eles, também por serem mais velhos que
eu, já passaram esse número há muito tempo. Contudo, quando tive a mesma
conversa com os meus amigos héteros senti que todos engoliram em seco. Mais de
metade do grupo consegue contar os parceiros sexuais/amassos com as duas mãos,
alguns até com uma. Mais uma vez, dei por mim a ser o anjo no mundo gay e o
diabo do mundo hétero.
Sei que há
uma diferença entre quantidade e qualidade. Até porque este último ano a
qualidade não foi das melhores. Sim, conheci homens giros, feios, normais, mais
cheiinhos, musculados, dotados, brancos, estrangeiros… mas talvez por lá no
fundo não me sentir satisfeito somente com o ato em sim, tive poucos momentos
bons que sejam para recordar.
Depois de
fazer uma pequena retrospectiva sobre a minha lista, não completa, pois alguns
já estão no esquecimento e lá devem ficar, interrogo-me quando é que sabemos
que devemos parar? Devo atar as mãos até encontrar o espermatozóide encantado
ou simplesmente devo aproveitar a vida?
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