São simplesmente números, right?

Pelo menos é o que eu penso quando me relembro na quantidade de dates que tive desde que cheguei a Lisboa. Não sei se é o ar, da confusão, da vida frenética, mas desde que acabei a minha relação (4 anos) conheci muitos homens. Ok... não é bem conhecer até porque o espermatozóide encantado ainda não deu ar da sua graça, mas tive várias aventuras sexuais – sexo em grupo, quarto escuro, em vários sítios públicos…


Tenho uma amiga que é bastante inocente em relação ao sexo. Talvez por isso, demorei mais tempo para lhe contar que era gay. No entanto, há uns tempos atrás numa festa decidi contar-lhe. Tal como todos os meus amigos héteros, reagiu bem Contudo, devido ao álcool que já me circulava no sangue e com as piadas do resto do grupo, comecei a contar-lhe algumas experiências sexuais. Não sei se foi do choque ou das caipirinhas que ela já tinha bebido, mas passado 5 minutos estava a vomitar. A noite, para ela acabou ali.

Esta situação fez-me pensar que já me passaram muitos homens pelas mãos. Porém, qual será o número certo? Qual é o número “normal” de homens que se deve ter ao longo de uma vida? Durante uma conversa com os meus amigos gays contei-lhe que tinha ultrapassado os 3 algarismos (isso não significa que tive relações com todos, mas sim que me “passaram pela mão”), eles gozaram comigo. Acharam a minha “preocupação” parva, pois todos eles, também por serem mais velhos que eu, já passaram esse número há muito tempo. Contudo, quando tive a mesma conversa com os meus amigos héteros senti que todos engoliram em seco. Mais de metade do grupo consegue contar os parceiros sexuais/amassos com as duas mãos, alguns até com uma. Mais uma vez, dei por mim a ser o anjo no mundo gay e o diabo do mundo hétero.

Sei que há uma diferença entre quantidade e qualidade. Até porque este último ano a qualidade não foi das melhores. Sim, conheci homens giros, feios, normais, mais cheiinhos, musculados, dotados, brancos, estrangeiros… mas talvez por lá no fundo não me sentir satisfeito somente com o ato em sim, tive poucos momentos bons que sejam para recordar.

Depois de fazer uma pequena retrospectiva sobre a minha lista, não completa, pois alguns já estão no esquecimento e lá devem ficar, interrogo-me quando é que sabemos que devemos parar? Devo atar as mãos até encontrar o espermatozóide encantado ou simplesmente devo aproveitar a vida?

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