"Não és tu, sou eu!"

Quem é que nunca ouvir falar desta frase? É um cliché das relações mas por vezes é tão real. Tenho uns amigos que terminaram recentemente a relação, não é que falte amor, mas simplesmente o que existe não é o suficiente para um deles.


Há pessoas que não entendem como isso é possível, se há amor tem que se tentar mais uma vez. Com tantas tentativas e discussões, chega uma altura em que já existe ódio e nem aquele carinho especial ao recordar o que se viveu junto consegue-se sentir. Eu sou da opinião que é preferível sofrer tudo de uma vez do que todos os dias estarmos em sofrimento.

Também sei que é mais fácil falar do que fazer, mas acredito que temos que aprender a dizer adeus. Uma das coisas que a idade nos traz é experiência nesse campo. Claro que a dor existe sempre, ficamos sempre com a ideia que sofremos mais do que no outras vezes, que este é que era o espermatozóide encantado e que mais ninguém nos vai entender tão bem. Contudo, ao fim de alguns dias, semanas, meses, anos... vai aparecer outro que nos completa mais que os anteriores. Pelo menos é o que espero que me aconteça.

Tenho amigos que andam as turras com os namorados dia sim dia também. Preferem assim ao estarem sozinhos. Outros estão tão acomodados com a vida/rotina que têm, que nem se importam de não serem realmente felizes. Eu sou apologista que as pessoas precisam de ter princípios, valores e objectivos de vida idênticos para conseguirem ir algum lado juntos. Não sou a favor que os opostos atraem-se.

Tenho uma amiga que quer conhecer o mundo, quer ser mais, evoluir, crescer... enquanto o namorado está feliz com a vida que tem e não pretende fazer grandes alterações. Devido a isto e não só, passam o tempo a discutir e já terminaram a relação dezenas de vezes. A meu ver esta relação já está mais que condenada, mas talvez esteja errado.

Na minha última relação, namorei com um rapaz que era maravilhoso para mim, sem dúvida que era para casar, pelo menos pensava eu. Além de sermos bastante diferentes, existiam alguns princípios e valores idênticos. Contudo muitas vezes eram esquecidos por ele devido ao seu salário. No entanto, tirando esses pequenos momentos foi uma relação espetacular.
Passados quase dois anos, o que nós tínhamos já não me chegava. Tinha a relação quase perfeita - confiança, sinceridade, comunicação, alegria e bom sexo. Talvez por achar o perfeito monótono, não me sentia completamente preenchido para continuar a namorar e a viver com ele. Acabei a relação e além de saber que ele não era o caminho, tive alguns meses para me recompor.

Eu sou daquelas pessoas que quer sempre mais, nunca me sinto completamente satisfeito com a vida que tenho. Isso faz-me pensar se alguma vez vou sentir-me plenamente realizado numa relação. Será que todas as minhas relações já têm um prazo de validade?

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