Tenho amigos, tanto gays como héteros que conseguem namorar e ter sexo com outras pessoas. Ao questioná-los como é que conseguem, visto ser algo que não consigo fazer, responderam-me que é simplesmente sexo e que muitas vezes se sentem mal após o acto, mas passado um tempo esquecem e volta tudo ao normal.
Além de
beijar, apalpar e meter-me com meio mundo, quando gosto de alguém não consigo
envolver-me fisicamente com outra pessoa. Não digo nunca, pois todos temos
telhados de vidro, mas até hoje, sempre que o meu coração ficou
ocupado, foi assim que aconteceu.
No passado
tive uma amiga que se apaixonou perdidamente por um rapaz comprometido e foi a
outra. Apoiei 100%, amo-a, mesmo que não concordo com certas atitudes. Claro
que muitas vezes dava-lhe na cabeça, até que numa dessas vezes respondeu-me que
não podemos escolher por quem nos apaixonamos. Até concordo com essa afirmação,
mas acho que tens sempre a escolha se queres ou não apaixonar-te. Eu sei que
pode parecer muito racional, mas tens sempre a hipótese de virares costas antes
de entrares numa porta certo?
Conheci um
trintão numa rede social gay e desde do início, como a conversa não foi a do costume, fiquei interessado. Quando nos conhecemos pessoalmente mais interessado fiquei. O tempo foi passando e após muita conversa, descobri que ele
namorava. Nunca me escondeu, até tinha escrito no perfil. Claro que quando contei à minha amiga que andava a falar
com um homem comprometido que até mexia comigo, ela gozou bastante, mas ao
contrário dela, consegui nunca me apaixonei por ele. Sorte? Talvez!
Claro que
quem brinca com o fogo queima-se, passado um ano, com muita química, carinhos,
mimos, desabafos… numa noite regada a álcool envolvemo-nos sexualmente. Não foi
o que esperava, não é que tenha sido mau mas talvez por ter na cabeça que não
podia apaixonar por ele, foi algo sem carinho, até um pouco agressivo e
impessoal, apesar da atracção que existe entre nós.
Eu fiz o que
fiz porque queria, ele culpou o álcool. No outro dia ao acordar sentia-se mal
por ter traído, mas tal como lhe disse na altura, ela já tinha traído o
namorado comigo há muito tempo atrás pois a nossa relação de amizade, a meu ver
passava um bocado os limites.
Eu tive a
certeza que já não amava o meu ex quando quis realmente envolver-me com outra
pessoa. Claro que quando amo alguém contínuo com olhos na cara e continuo
analisar. Contudo, das palavras até às acções vai um longo caminho. Por pensar desta maneira e não sentir vontade de envolver-me com ninguém
quando estou apaixonado, sou da opinião que dormir agarradinho, trocar
carinhos, afectos, gestos românticos já é traição e o sexo é simplesmente a
ultima fase. Mas será que estou certo? Quando é que realmente a traição começa
a ser a real - Flirt? Desabafos? Apalpões? Beijos? Sexo?
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