Tomagochi

Durante o secundário tive uma amiga que começou a namorar. A partir desse dia não conseguia estar com ela sem que o cachopo não tivesse ao seu lado. Tinha alturas que devido aos beijos e às mãos dadas, o pessoal até ficava incomodado de estar com eles.


Na altura pensei que era algo infantil e uma característica da "primeira relação", no entanto passado quase 15 anos e como tantos amigos gays e héteros a namorarem, descobri que a "cola" não é uma característica de uma relação mas sim dos envolvidos.

Para mim, uma relação saudável tem que existir um "eu", um "tu" e um "nós". Não me interpretem mal, eu amo de paixão quase todos os namorados/as dos meus melhores amigos/as e quando namorei tentei sempre que o meu namorado tivesse à vontade com as pessoas que mais gosto. Contudo, tenho que admitir que às vezes sabe bem-estar somente com aquelas pessoas que fazem parte da tua vida há muito tempo sem os respectivos ao lado.

Eu tenho amigos que não saem à noite se o respectivo/a também não sair, e às vezes até fazem sacrifícios e ficam a noite toda num canto com cara que meio mundo lhes deve algo apenas para estarem juntos. No final na noite, nem um nem o outro se divertiu. Às vezes pergunto-me se esse tipo de relação tem futuro?

No outro dia falei com um amigo que me disse que todas as suas relações foram explosivas, com muitas discussões e insultos. Sendo assim nunca teve uma relação monótona e há imenso sexo da reconciliação. Ele acha que desta forma é que as relações são saudáveis (Keyword= saudável). Como não tive muitas relações amorosas talvez esteja enganado, mas uma coisa tenho a certeza, não tenho nem energia nem paciência para estar sempre a discutir com uma pessoa.

Cada vez que conheço alguém ou vejo relações de amigos ou conhecidos, acho que o meu ex-namorado elevou bastante a fasquia. Sendo assim e porque já passaram uns anos desde que a relação terminou, será que devo esquecer tudo o que aprendi com ele e que considero fundamental e simplesmente atirar me de cabeça?

2 comentários:

João Roque disse...

Nenhuma relação, mesmo aquelas que findam mal, deixam de nos dar algo de positivo; que mais não seja, mostrar-nos o que esteve de errado para não se repetir...

Francisco disse...

Quem está no convento é que sabe o que se passa lá dentro.

Não sou de discussões, mas tb não fico em casa, só porque o namorado queria ficar lolololololol