Entrevista de emprego

Já há alguns anos que tenho perfis nas “redes sociais” gays – gaydar, manhunt, gayromeo, grindr, etc. Já conheci alguns homens interessantes por lá, mas tenho que admitir que apenas com um consegui criar uma relação de amizade, sem nunca existir envolvimento sexualmente. Mas todos os meus amigos gays têm um perfil aqui ou acolá, por isso se pensas que nessas redes sociais não vais conhecer ninguém interessante, estás enganado - nós andamos por lá!


Os anos vão passando... apaga-se perfil... cria-se um novo perfil... no entanto há uma coisa que não muda - as perguntas da praxe. Há dois anos estive uns meses sem trabalho e como tal tive dezenas de entrevistas, chegou a uma altura em que parecia que já tinha o texto estudado, pois as perguntas eram sempre as mesmas e por mais criativo que fosse, as respostas não mudavam muito.

Quando conheço alguém virtualmente a situação é idêntica, existe sempre aquelas perguntas da praxe que a meu ver, não levam a lado nenhum e só fazem perder o interesse. Sem dúvida que para conhecer uma pessoa é necessário saber o “básico” mas será que essas informações são importantes logo de início e de forma tão directa? Não podemos ir descobrindo ao longo da conversa? Muitos dizem que andam naqueles sites porque apenas querem conhecer homens para amizade. Eu sou uma pessoa muito sociável e para conhecer as pessoas no meu dia-a-dia não utilizo metade das questões que me fazem nestas redes sociais. 

Mas a pergunta TOP que acho super interessante é "O que procuras?". Será que não vais descobrir isso ao longo da conversa? Mesmo para sexo, a conversa desenvolve-se nesse contexto, basta seguir um rumo, mais tarde ou mais cedo, vais descobrir o que as pessoas realmente procuram.

Com tanta experiência em entrevista e em conversas virtuais, fiquei a pensar - se para conseguir arranjar trabalho temos que mostrar que somos bons e diferentes dos outros candidatos, então porque nestas situações as pessoas continuam a ser todas iguais?

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