True Love

E o Carnaval já chegou, pelo menos no fim-de-semana já andei com máscaras de um lado para o outro. No entanto ainda foi calmo comparado com o ano passado que desde Sexta até Terça foi amigos, sofá, comida, máscaras, música, animação, alegria e muito álcool. Como passei o Carnaval na terrinha e com os amigos do coração, nem pensei em sexo, engates e afins. Contudo...


...na última noite como já éramos poucos sobreviventes, enquanto dançava sozinho na pista (o resto do pessoal já estava de rastos) reparei que estava um puto a roçar-se muito. Além da pista estar cheia, havia espaço suficiente para isso não acontecer. Depois de arranjar espaço para continuar a dançar, reparei que o puto voltou para perto de mim. Como o álcool já andava em altas, houve umas mãos aqui e acolá, mas tudo nas calmas, pelo menos do meu lado. 

Passado alguns dias recebi um pedido de amizade no Facebook. Após ver as fotos da pessoa, lá me lembrei de onde é que a conhecia - era o puto. Meti conversa com ele no chat e descobri que o rapaz estava completamente apanhadinho por mim. Pensava que tinha sido especial (keyword= especial) e que tinha existido algo entre nós. Depois de lhe tentar explicar de várias formas que aquilo era tudo algo da cabeça dele, lá tive que ser bruto. E não é que até depois disso ele continuou a tentar?

Lembro-me que quando era puto e estava no armário, quando conhecia alguém que imaginava que podia ser o espermatozoide encantado, que podia andar comigo na rua, estar com os meus amigos, também criava algo na minha cabeça. 

Este episódio fez-me pensar que a inocência pode fazer sofrer mas também sonhar. Acredito que a idade traz sabedoria, mas será que no amor e nos relacionamentos não nos torna pessoas brutas, pessimistas e sem o poder de acreditar? Ou é apenas o meu coraçãozinho amargo que me faz ser assim?

1 comentário:

João Roque disse...

Isso depende do nosso estado de espírito...